sexta-feira, maio 21, 2010

Documentario Afro-Brasileiro do Ilê Asé Oyá Egunitá

 Este trabalho tem a intenção de levar aos adeptos e curiosos a unificação das nações e religiões de matrizes africanas, quebra de preconceitos na forma de se praticar os rituais independente de nação, não queremos ofuscar a verdade de ninguem,nem rotular a um molde só, porém queremos mostrar a nossa forma de praticar a caridade e louvar aos Orixás e Entidades.



Vamos mostrar a nossa raiz, nosso ritual umbandista de nação angolana, onde tudo começou desde 17/04/1979 onde foi fundado o Templo Espirita José Augusto Martins, pelo Babalaô Pai Edson D' Oxosse , de familia católica onde todos no decorrer de um tempo começaram a praticar o espiritismo de Allan Kardec, com os anos avançando,  Pai Edson sentiu a necessidade de procurar a Umbanda, sendo levado pelo seu primo a um terreiro em Mairinque-SP que acabou frequentando e se desenvolvendo como Ogãn e depois como médium de incorporação, onde também conheceu sua esposa na qual se casou após anos de relação, ficou lá por um periodo até fundar a sua própria casa, que hoje é conduzida e zelada por sua filha carnal e espiritual Mãe Renata D' Iansã, fruto do seu asé e de seu casamento.

Mostraremos também:
Questões temáticas sobre o atual  Templo Escola com Jorge Scrittori;




 Entre outras diversidades e filmagens das giras feitas no TEJAM...






Trabalho feito com muito carinho, que dedico aos meus pais Edson e Rubia, os responsáveis por hoje eu ser a pessoa que sou, me ensinaram a praticar, Amor, Caridade, Verdade, Honestidade, Humildade e Humanismo, agradeço ao Pai Oxalá sempre, por ter vindo nesta familia, por ter vocês como meus pais, que minha Mãe Iansã e meu Pai Ogum possam derramar sobre suas vidas e coroa, todo amor, esperança e alegria que um dia plantaram e criaram como expectativa em mim, amo muito vocês e amarei por toda eternidade...




Estaremos lançando o DVD em 2011

Aguardem!!!

Asé

segunda-feira, maio 10, 2010

BOIADEIROS NA UMBANDA


Os Boiadeiros são espíritos de pessoas, que em vida, trabalharam com o gado em fazendas por todo o Brasil. Estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem, e passam como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, pois com ela, talvez consigamos uma vida melhor e farta.

Nos seus trabalhos usam velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.

O Caboclo Boiadeiro traz o sangue quente do sertão e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas, sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado.

Normalmente, eles fazem duas festas anuais, uma no inicio e outra no meio do ano.

Eles logo são reconhecidos pela forma diferente de dançar, os Boiadeiros possuem uma coreografia intrincada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, eles gostam de bebidas fortes como por exemplo: a cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho.

Fumam cigarro, cigarro de palha e charuto. Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha.

No Terreiro, os Boiadeiros "descem em seus aparelhos" como se estivessem laçando seu gado, dançam e bradam, e assim, criam seu ambiente de trabalho e vibração.

Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando o Terreiro, as pessoas da assistência e os médiuns, os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.

Quando o médium é mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores.

Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.

Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Zé do Laço, Laço de Ouro, Ogum Boiadeiro, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc ...

Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”

Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim por diante.

Essas entidades sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco com o negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.

Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existem no homem do campo, assim como, sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi e Ogum. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).


SOBRE NOSSOS CABOCLOS BOIADEIROS

Os Caboclos são entidades fortes, virís. Alguns têm dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura.

Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como "Encantados", pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantado e transformados em entidades especiais.

Os Boiadeiros também apresentam grande diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e vários outros tipos, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus.

Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade.

Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

Fazem parte da linha de caboclos, mas na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra. Saber que os Boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos.

Sua maior finalidade não é a consulta, como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).

Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos Boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina.

Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros se dá no descarrego e no preparo dos médiuns, fortalecendo-os dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.

Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um Terreiro, sejam elas, médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que eles gostem. "Gostar" para um Boiadeiro, é ver em seu seu médium: coragem, lealdade e honestidade, só assim ele é considerado um filho para o Boiadeiro. Pois ser filho de Boiadeiro não é apenas tê-lo na coroa.

Trabalham também para Orixás, mas não mudam sua finalidade de trabalho e todos são muito parecidos em sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalha para Ogum é praticamente igual a outro que trabalha para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.

Dentro dessa linha, a diversidade encontra-se na idade dos Boiadeiros. Existem entidades mais velhas, outras mais novas, e costumam dizer que pertencem a regiões diferentes: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc...

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

terça-feira, abril 13, 2010

Yá Lodê Onã Eje Izô


(Meu respeito, a minha linda pombogira, minha mãe feiticeira) Asé!

Asé Lebara, senhora dos meus encantos, da minha magia, dona dos meus caminhos à ti eu agradeço por tudo que representas em minha vida.

Tua força, teu asé são ensinamentos que ficarão em mim eternamente.

"Rainha das 7 das encruzilhadas, dona de uma beleza admirável, um conhecimento mágico e intenso, verdadeira em suas palavras, faceira no olhar, jeito calmo de menina e malicia de mulher ao dançar"

És encantadora, minha Rainha...





 Laroyê Sinhá

 Bara bara mona laroyê, Baré Lonan

Homenagem à Mãe do Templo - Por Sérgio Cumino

Minha Homenagem a representante da
Nova Geração da Umbanda, exemplo
de humildade, dedicação, e fé.

MÃE DO TEMPLO


O ventre do templo deu a benção,
no útero da catedral foi o palco da gestação,
com a batida do tambor, aquela que chama os
os caboclos e caboclas, as juremas e os juremeiros.
pretos velhos, os povos das florestas, a magia da Bahia

No Templo símbolo da mãe terra, nosso terreiro
em meio a música que se chama os espíritos
o arauto dos Orixás vem avisar, o mensageiro:

- pulsando junto com o rum, mistérios das matas
bate um coraçãozinho de uma caboclinha,
que virá com os ventos de Oyá uma criancinha,
com a benção de Oxun; Cujo nome Renata
que para ser mulher e saber amar
vai nascer e morrer, sorrir e chorar,
muitas vezes, até Mãe se revelar.

Assim cresceu a menina, que de pronto se tornou mulher,
de presente Oxun lhe deu a graça sensualidade das águas,
a beleza, que os olhos encantam, e que toda fêmea quer
Oyá com sua força de guerreira deu-lhe o vento,
que gira a saia rendada na poesia do pandeiro,
na alegria do brinde de cada festa,
e firmeza quando se trata de fundamento.
Essa é a mulher bonita de jeito faceiro ,
do berço vinha com a missão que exigia metas
para por em prática seu juramento,
“que a manjedoura que Deus lhe deu, acolherá muitos filhos e deles será seu templo”

Com as veredas dessa vida predestinada,
jovem que do mundo, ainda não sabia nada,
a hora da chegada veio cedo,
acompanhada, é claro dos medos,
Quando Oxalá não deixou de lhe oferecer

O silêncio,
que apareceu como uma roupa estranha no corpo moleca, mas aliviou tormentos;

Discernimento,
e que o não saber não é problema quando se tem vontade de aprender,
num espírito menina que o mundo quer abraçar, abrace conhecimento;

Paciência
para que lidasse com a diversidade de cada “cabeça é uma sentença”
para servir e amar em lugar da insegurança e carência.

Assim dá continuidade ao que Mãe Emilia com amor pôs a criar,
Pai Edson fortaleceu, para hoje você iluminar,
Fazer do templo, uma família com a bandeira da fé
e dos filhos um corpo do o axé
e sua autoridade se mede pelo convir,
dedicação, ensinar, afago, e ouvir.
Quando tempestades virem,
não brigue com vossa mãe, porque é certo que as turbulências
em sua vida vêm para lhe instruir e tornar-lhe uma pessoa melhor,
mulher forte, e mãe de filhos, é uma incumbência.
Portanto rogamos a Oyá que além da borrasca
que vossos ventos que nos fazem crescer
soprem as velas dessa Barca
em direção da prosperidade, que de caminho

E no topo do mastro a bandeira de Inhansan
Ao lado da flâmula do encantadoramente cuidado TEJAM


SÉRGIO CUMINO

Homenagem feita à mim, por Pai Edson D' Oxosse

À minha filha Mãe Renata D' Iansã

Quando do céu vc veio
jamais poderia acreditar
que tudo que construí
vc iria herdar
ví vc crescendo do meu lado
tendo curiosidade em tudo que eu ia firmar
se apaixonando pelos meus rituais
e sempre querendo me ajudar
hoje vc é mãe desse terreiro
carregando a mesma cruz
que um dia quis me ajudar
cumprindo sua missão
com ordens de oxalá
hoje também lhe agradeço
pela fé que tem em nosso conga
pela nossa missão que não há de parar
pelas forças de iansã e ogum
que reina hoje em nosso cazuá


Mãe Renata de Iansã meu eterno saravá!

terça-feira, abril 06, 2010

Ewá

EWÁ (A DONA DOS HORIZONTES E FONTES)

 
Filha de Nana, Ewá é irmã Gêmea de Oxumarê, considerada por alguns a parte branca do Arco Íris. É a deusa da beleza e da alegria, governa a chuva suave que limpa e regenera a natureza, sem provocar destruição.

Ferramenta: Arpão e espada feitos de latão e Ejô(Cobra)
Dia: Sábado
Cor: Vermelho, Coral e Rosa
Saudação: Ri Ro Ewá
Metal: Latão
Pedra: Seixos de rio claro
Bebida: Vinho branco ou champanhe
Comida: Canjiquinha amarela e Batatas doces
Frutas: Banana da terra
Recipiente das comidas: Alguidares de barro, travessas de louças brancas
Local das oferendas: Beira de rios

Obá

OBÁ (A GUERREIRA DE UMA ORELHA SÓ)

Orixá Guerreira das águas revoltas do Rio Níger, irmã de Iansã, foi a terceira mulher de Xangô. Orixá embora feminina, és muito temida pela sua força e energia, considerada mais forte que muitos orixás masculinos.


Ferramenta: Espada, Escudo e Ofá
Dia: Terça-Feira e Sábado
Cor: Vermelho e Branco
Saudação: Obá Xirê
Metal: Cobre
Pedra: Pedras brancas e avermelhadas
Bebida: Vinho branco ou champanhe
Comida: Ovos, dendê, Feijão fradinho
Frutas: Manga-espada
Recipiente das comidas: Alguidares de barro, travessas de louças brancas
Local das oferendas: Bambuzal ou Cachoeira

Logun Edé

LOGUN-EDÉ (O Príncipe das Matas keto)

 
Um orixá essencialmente Ijexá, Caçador e Pescador. Sendo filho de Oxossi Erinlé com Oxum Ipondá, assume as características de ambos, 6 meses na vibração de sua mãe nas águas e 6 meses na de seu pai nas matas.


Ferramenta: Abebé (abano) Arco e flecha (Ofá)
Dia: Quinta-Feira
Cor: Amarelo e Azul Claro
Saudação: Loci Logun
Metal: Latão
Pedra: Seixos de rio
Bebida: Vinho branco doce, Aluá de abacaxi
Comida: Pamonhas, Espigas de milho, Peixes
Frutas: Todas as frutas que comem oxum e oxossi
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Mata ou Cachoeira

Oxalá

OXALÁ

É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).

Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo, para criar todos os seres da Terra.

É esposo de Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.

Oxalá se apresenta de duas maneiras:
Como ancião – Abauxorô
Como guerreiro – Oxoriã

Tem duas formas de manifestação. Oxaguiã e Oxalufã.

Oxaguiã: (nascer do sol) Deus da sobrevivência da criação, da cultura material.

Oxalufã: (pôr do sol) Deus da criação e da humanidade. É o pai de todos os orixás.

Senhor do ar, do branco, da fala, símbolo da paz.


Ferramenta: Opaxorô (Cajado) Prateado, Pomba branca
Cor: Branca
Metal: prata, estanho e chumbo
Pedra: Cristal de rocha, Mármore, Marfim
Animal: caramujo (Ibí)
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana, canjica branca com azeite doce, mais conhecido como acaçá branco.
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Lugares muito altos, colinas, Campos abertos ou portas de Igreja
Fruta: Uvas verdes moscatel, Cajás, Frutas do Conde, peras
Símbolo de proteção: grande pano branco.
Animais de sacrifício: Ibí (Caramujo), boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade, todos os animais devem ser brancos ou claro e sempre fêmea, com exceção do pombo que em alguns casos pode ser o casal. Vestes: Brancas com braceletes desenhados com búzios e opaxorô prateados tendo na sua extremidade superior uma esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: Sexta-feira.
Saudação: Epiê ô Babá


Arquétipo dos filhos de Oxalá:

São pessoas muito tranqüilas, com tendência a calma, inclusive em momentos difíceis, são amáveis e prestativos mas nunca subservientes, de muitas atitudes, pois não se rebaixam a ninguém.

Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa sobre suas idéias, são perfeccionistas, limpos e organizados com suas coisas, não gosta que as pessoas mecham em suas coisas, geralmente estas pessoas aparentam mais idade do que tem, devido ao amadurecimento precoce de Oxalá, não gostam de mudanças, gostam da rotina por não ter que tomar nenhuma decisão, ou mudar seus hábitos, são reservados com seus sentimentos, são lentos em suas decisões, mas quando decide vai até o final de sua determinação.

Vivem rodeados de pessoas que o admiram e alegram-se com suas brincadeiras, seu maior defeito é a teimosia, principalmente quando tem certeza de suas convicções.

São inquietos e arredios, emocionalmente são muito inocentes e facilmente manipulados pelo sexo oposto. Precisam de companheiras que lhe digam o que fazer o tempo todo.

Nanã Buruquê

NANÃ (NANÃ BURUQUÊ)

Orixá da lama e do fundo das águas.

É a mãe dos mortos, controla o portal entre Aye e Orum é a representação da lama, da chuva fina que forma o lodo. É o poder controlador das mulheres idosas que castiga para educar, é grave e severa não tolerando descasos e esquecimentos.

Promove a purificação da atmosfera e a limpeza.

Ferramenta:Ibirí (Feixe de fibras de dendezeiro, forrado com fitas e enfeitado com búzios), vassoura de palha da costa.
Pedra: Ametista
Metal: Aluminio
Animais de sacrifício: cabras, galinhas e patas brancas.
Comidas: Sarapatel, Arroz com bananas
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Local das oferendas: Brejo, Próximo a minas de águas, locais úmidos, pântanos, Lodos ou praias.
Fruta: Melão, Jaca, Bananas
Bebida: Champanhe ou agua
Vestes: Roupas brancas com aplicações em roxo claro.
Cor: lilás e roxo
Dias: domingo e terça-feira.
Sincretismo: Santa Ana.
Saudação: Saluba Nana

Arquétipo dos filhos de Nana Buruquê:

São pessoas extremamente caseiras, muito dedicada à família e aos filhos, ama os animais, tem mania de perfeccionismo, se auto critica e podem manipular alguém com sua maneira de pensar e agir.

São desconfiados, frios, secos e de temperamento muito enérgico, fala sem pensar e se arrepende muitas vezes, porém não cede nunca, pois esta sempre certo, a teimosia e a ansiedade fazem parte dos filhos deste orixá.

Gostam de dar ordens, não gostam de ser passados para trás, são irredutíveis e não perdoam atos que lhe magoam, porém tem um coração imenso e não sabe falar não a um pedido feito com muito carinho.

Iemanjá

Iemanjá:

Senhora dos Mares.

Iemanjá é a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. A palavra “Yemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.

Aprecia pratos preparados com milho branco, manjar, peixes, canjicas. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os navegantes.

Ferramenta: alforje de prata e o Abebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Elemento: água
Cor: Azul-Claro
Metal: prata e estanho
Pedra: Água-Marinha, Pérolas, Madreperolas
Animais de sacrifício: cabra, ovelha. Pata de galinha toda branca.
Comida: Manjar branco, Peixes, Canjica branca (Mugunzá)
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Praias
Bebida: Champagne
Fruta: coco, mamão, peras
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Agrados: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar cores claras, como a água.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Saudação: Odociá

Arquétipo dos filhos de Iemanjá:

São pessoas que gostam de coisas caras, luxuosas, ambientes confortáveis, e mesmo quando pobres, pode se notar uma certa sofisticação em suas casas.

São pessoas diretas, determinadas mais desanimam com muita facilidade quando aparece um obstáculo inesperado, são pessoas amigas e companheiras, mais de poucos segredos, não enxergam a vida como uma luta como ogum, mais sim uma jornada de dificuldades e caminhos extensos mais que pode ser prazerosa.

A Família e os filhos são as maiores riquezas para o filho deste orixá, são pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta por isso pessoas deste orixá se apega muito fácil a alguém ou casa-se muito cedo, não gostam de empregos competitivos, preferem a monotonia, não são fãs da vida social, fotos, baladas, bares preferindo pequenas reuniões em casa com poucos amigos e familiares.

Seu humor tende a ser suave, mais muda rapidamente quando alguém lhe ofende ou quando sua autoridade é questionada.

Oxum

OXUM

Deusa das águas, do poder da mulher e da gestação

Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.

Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.

Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.

Ferramenta: Abebé (abano) Leque com espelhos
Cor: Amarelo Ouro
Metal: ouro e latão
Pedra: Topázio e Citrino
Comida: feijão fradinho com ovos, camarão seco, cebola e dendê ou azeite doce dependendo da qualidade do orixá.
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos ou cestas
Frutas: Bananas, Mamão, Melão
Bebida: Vinho branco ou Champanhe
Animal: pássaros
Local de oferendas: águas doces, cachoeiras, em uma pedra bem ao lado da cachoeira..
Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
Dia: sábado.
Saudação: Oraiê iê ô Oxum

Arquétipo dos filhos de Oxum:

Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo do que enfrentá-lo diretamente, ao contrario do que faria os de Iansã ou ogum, são pessoas persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando a ser incrivelmente teimoso e obstinado. Não costumam a se descabelar por paixões e amizades que não deram certo ou nem começaram.

São pessoas realistas e de pé no chão, nos filhos de oxum o tempo passa lentamente pois a pessoa demora a amadurecer e leva a vida como uma eterna criança, mimada e cheia de cuidados.

São pessoas luxuosas, vaidosas, misteriosas, charmosas, interesseiras e de um egocentrismo imenso.

Falsas quando conveniente, mas verdadeiras caso se sintam seguras, são um tanto voláteis e de temperamento aguçado.

Iansã

IANSÃ

Dona do balé dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos.
Senhora da alegria e protetora das mulheres, dos ventos e tempestades ganhou de Olorum o poder de controlar os mortos (Eguns).

Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.

Junto com Xangô, ela controla o poder do fogo.

Ferramenta: Alfange, Eruexim (Chicote de crina de cavalo ou búfalo, Espadas e raios.
Elemento: ar - vento.
Metal: cobre
Pedra: Rubi e Granada
Comida: acarajés, Vatapás, Feijão Fradinho com Camarão seco e dendê
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Fruta: Manga Rosa
Bebida: Champanhe e Vinho Branco
Animal: búfalo e borboleta.
Local de oferendas: Banbuzal, Cemitérios.
Cor: vermelho, Rosa, amarelo.
Animais de sacrifício: cabra que não seja preta e galinha avermelhada.
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Saudação: Eparrei Oyá

Arquétipo dos filhos de Iansã:

Os filhos desta Orixá são extrovertidos, apreciam boas companhias, festas, viagens e tudo que lhe dê prazer em geral. Possuem muita vitalidade estando sempre dispostos a fazer o que gostam.

Não suportam trabalhar em lugares fechados, obedecer ordens, pois não gostam de se sentirem inferiorizados, por isso são instáveis em sua vida profissional.

Não aceitam pessoas se metendo em suas rotinas, relacionamentos, trabalhos, não gostam que as pessoas lhe digam o que fazer.

Sempre tentarão justificar suas atitudes, mesmo que sejam injustificáveis.

Adoram sua casa, porem não conseguem ficar dentro dela, são muito sensuais, apaixonam com freqüência, só aceitando viver com alguém se existir amor.

São ciumentos, possessivos, incapaz de perdoar ou esquecer uma traição, quando provocados enfurecem-se de uma maneira brutal que ninguém ousa enfrentá-los, a fúria não demora muito a passar, fazendo a pessoa voltar ao normal como se nada tivesse acontecido. Geralmente se arrependem por agir sem pensar, são dóceis e amáveis, odeiam mentiras e qualquer coisa que manche sua reputação.

Xangô

XANGÔ

Deus da justiça e do trovão.

Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.

Ferramenta: Oxê (Machado com lâmina dupla) e Raios
Elemento: fogo
Metal: cobre e aço
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
Frutas: Abacaxi, Manga, Banana, Laranja, Maracujá
Bebidas: Cerveja Preta
Recipiente das comidas: Gamelas de madeira
Cor: vermelha e branca ou Marron
Animal: Leopardo
Local de oferendas: pedreiras
Animais de sacrifício: galo, boi, bode, carneiro todos avermelhados.
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de machado.
Dia: quarta-feira.
Saudação: Kaô kabecile

Arquétipo dos filhos de Xangô:

Os filhos deste orixá são amantes da Justiça, agem com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais devido a facilidade de autoridade e comando. Sabem como ninguém administrar seu patrimônio, embora não admitam os filhos deste orixá tem poder de manipular os gastos das pessoas ao seu redor, são honestos e sinceros em seus relacionamentos, mas dificilmente fiéis.

Apresentam alta dose de egocentrismo, auto-estima, possuem uma postura nobre, gostando de ser melhor em tudo e de ter sempre a ultima palavra como ordem.

Obaluaiê / Omolu

OMOLU OU OBALUAIÊ

Obaluaiê é o jovem das pragas e doenças, da cura. Esta ligado às epidemias e suas curas, representa as impurezas que devem ser expelidas, as fístulas; é o orixá da renovação, é severo e exigente de respeito.

Ferramenta: Xaxará (Cajado feito de fibras do dendezeiro, forrado com palha da costa enfeitado com búzios e contas vermelha, branca e pretas.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas, vermelhas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo corpo.
Dia: segunda-feira.
Local de oferendas: Cemitério
Omolu é o velho, médico dos pobres.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Vestes: as mesmas de Xapanã Abaluaê tendo um cetro chamado xaxará.
Saudação: Atotô Obaluaiê
Comida: Pipocas (Doburus) estouradas na areia sem sal
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Frutas: Laranja, abacaxi, sapoti, cajá, manga
Pedras: Seixos pretos com manchas irregulares
Metal: Chumbo
Bebida: Água mineral

Arquétipo dos filhos de Obaluaê-Omolu:

São pessoas que ocultam sua individualidade, tem muita dificuldade em se relacionar, pois são fechados e de pouca conversa, geralmente apaixonam-se por pessoas extremamente diferentes de si, gosta de ver quem ama brilhar, embora o inveje.

Os filhos deste orixá são irônicos, secos e diretos, não são de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas, odeiam fofocas e vulgaridades, a solidão é muito peculiar a estas pessoas.