Homenagem à Mãe do Templo - Por Sérgio Cumino

Minha Homenagem a representante da
Nova Geração da Umbanda, exemplo
de humildade, dedicação, e fé.

MÃE DO TEMPLO


O ventre do templo deu a benção,
no útero da catedral foi o palco da gestação,
com a batida do tambor, aquela que chama os
os caboclos e caboclas, as juremas e os juremeiros.
pretos velhos, os povos das florestas, a magia da Bahia

No Templo símbolo da mãe terra, nosso terreiro
em meio a música que se chama os espíritos
o arauto dos Orixás vem avisar, o mensageiro:

- pulsando junto com o rum, mistérios das matas
bate um coraçãozinho de uma caboclinha,
que virá com os ventos de Oyá uma criancinha,
com a benção de Oxun; Cujo nome Renata
que para ser mulher e saber amar
vai nascer e morrer, sorrir e chorar,
muitas vezes, até Mãe se revelar.

Assim cresceu a menina, que de pronto se tornou mulher,
de presente Oxun lhe deu a graça sensualidade das águas,
a beleza, que os olhos encantam, e que toda fêmea quer
Oyá com sua força de guerreira deu-lhe o vento,
que gira a saia rendada na poesia do pandeiro,
na alegria do brinde de cada festa,
e firmeza quando se trata de fundamento.
Essa é a mulher bonita de jeito faceiro ,
do berço vinha com a missão que exigia metas
para por em prática seu juramento,
“que a manjedoura que Deus lhe deu, acolherá muitos filhos e deles será seu templo”

Com as veredas dessa vida predestinada,
jovem que do mundo, ainda não sabia nada,
a hora da chegada veio cedo,
acompanhada, é claro dos medos,
Quando Oxalá não deixou de lhe oferecer

O silêncio,
que apareceu como uma roupa estranha no corpo moleca, mas aliviou tormentos;

Discernimento,
e que o não saber não é problema quando se tem vontade de aprender,
num espírito menina que o mundo quer abraçar, abrace conhecimento;

Paciência
para que lidasse com a diversidade de cada “cabeça é uma sentença”
para servir e amar em lugar da insegurança e carência.

Assim dá continuidade ao que Mãe Emilia com amor pôs a criar,
Pai Edson fortaleceu, para hoje você iluminar,
Fazer do templo, uma família com a bandeira da fé
e dos filhos um corpo do o axé
e sua autoridade se mede pelo convir,
dedicação, ensinar, afago, e ouvir.
Quando tempestades virem,
não brigue com vossa mãe, porque é certo que as turbulências
em sua vida vêm para lhe instruir e tornar-lhe uma pessoa melhor,
mulher forte, e mãe de filhos, é uma incumbência.
Portanto rogamos a Oyá que além da borrasca
que vossos ventos que nos fazem crescer
soprem as velas dessa Barca
em direção da prosperidade, que de caminho

E no topo do mastro a bandeira de Inhansan
Ao lado da flâmula do encantadoramente cuidado TEJAM


SÉRGIO CUMINO

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