terça-feira, abril 06, 2010

Ewá

EWÁ (A DONA DOS HORIZONTES E FONTES)

 
Filha de Nana, Ewá é irmã Gêmea de Oxumarê, considerada por alguns a parte branca do Arco Íris. É a deusa da beleza e da alegria, governa a chuva suave que limpa e regenera a natureza, sem provocar destruição.

Ferramenta: Arpão e espada feitos de latão e Ejô(Cobra)
Dia: Sábado
Cor: Vermelho, Coral e Rosa
Saudação: Ri Ro Ewá
Metal: Latão
Pedra: Seixos de rio claro
Bebida: Vinho branco ou champanhe
Comida: Canjiquinha amarela e Batatas doces
Frutas: Banana da terra
Recipiente das comidas: Alguidares de barro, travessas de louças brancas
Local das oferendas: Beira de rios

Obá

OBÁ (A GUERREIRA DE UMA ORELHA SÓ)

Orixá Guerreira das águas revoltas do Rio Níger, irmã de Iansã, foi a terceira mulher de Xangô. Orixá embora feminina, és muito temida pela sua força e energia, considerada mais forte que muitos orixás masculinos.


Ferramenta: Espada, Escudo e Ofá
Dia: Terça-Feira e Sábado
Cor: Vermelho e Branco
Saudação: Obá Xirê
Metal: Cobre
Pedra: Pedras brancas e avermelhadas
Bebida: Vinho branco ou champanhe
Comida: Ovos, dendê, Feijão fradinho
Frutas: Manga-espada
Recipiente das comidas: Alguidares de barro, travessas de louças brancas
Local das oferendas: Bambuzal ou Cachoeira

Logun Edé

LOGUN-EDÉ (O Príncipe das Matas keto)

 
Um orixá essencialmente Ijexá, Caçador e Pescador. Sendo filho de Oxossi Erinlé com Oxum Ipondá, assume as características de ambos, 6 meses na vibração de sua mãe nas águas e 6 meses na de seu pai nas matas.


Ferramenta: Abebé (abano) Arco e flecha (Ofá)
Dia: Quinta-Feira
Cor: Amarelo e Azul Claro
Saudação: Loci Logun
Metal: Latão
Pedra: Seixos de rio
Bebida: Vinho branco doce, Aluá de abacaxi
Comida: Pamonhas, Espigas de milho, Peixes
Frutas: Todas as frutas que comem oxum e oxossi
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Mata ou Cachoeira

Oxalá

OXALÁ

É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).

Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo, para criar todos os seres da Terra.

É esposo de Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.

Oxalá se apresenta de duas maneiras:
Como ancião – Abauxorô
Como guerreiro – Oxoriã

Tem duas formas de manifestação. Oxaguiã e Oxalufã.

Oxaguiã: (nascer do sol) Deus da sobrevivência da criação, da cultura material.

Oxalufã: (pôr do sol) Deus da criação e da humanidade. É o pai de todos os orixás.

Senhor do ar, do branco, da fala, símbolo da paz.


Ferramenta: Opaxorô (Cajado) Prateado, Pomba branca
Cor: Branca
Metal: prata, estanho e chumbo
Pedra: Cristal de rocha, Mármore, Marfim
Animal: caramujo (Ibí)
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana, canjica branca com azeite doce, mais conhecido como acaçá branco.
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Lugares muito altos, colinas, Campos abertos ou portas de Igreja
Fruta: Uvas verdes moscatel, Cajás, Frutas do Conde, peras
Símbolo de proteção: grande pano branco.
Animais de sacrifício: Ibí (Caramujo), boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade, todos os animais devem ser brancos ou claro e sempre fêmea, com exceção do pombo que em alguns casos pode ser o casal. Vestes: Brancas com braceletes desenhados com búzios e opaxorô prateados tendo na sua extremidade superior uma esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: Sexta-feira.
Saudação: Epiê ô Babá


Arquétipo dos filhos de Oxalá:

São pessoas muito tranqüilas, com tendência a calma, inclusive em momentos difíceis, são amáveis e prestativos mas nunca subservientes, de muitas atitudes, pois não se rebaixam a ninguém.

Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa sobre suas idéias, são perfeccionistas, limpos e organizados com suas coisas, não gosta que as pessoas mecham em suas coisas, geralmente estas pessoas aparentam mais idade do que tem, devido ao amadurecimento precoce de Oxalá, não gostam de mudanças, gostam da rotina por não ter que tomar nenhuma decisão, ou mudar seus hábitos, são reservados com seus sentimentos, são lentos em suas decisões, mas quando decide vai até o final de sua determinação.

Vivem rodeados de pessoas que o admiram e alegram-se com suas brincadeiras, seu maior defeito é a teimosia, principalmente quando tem certeza de suas convicções.

São inquietos e arredios, emocionalmente são muito inocentes e facilmente manipulados pelo sexo oposto. Precisam de companheiras que lhe digam o que fazer o tempo todo.

Nanã Buruquê

NANÃ (NANÃ BURUQUÊ)

Orixá da lama e do fundo das águas.

É a mãe dos mortos, controla o portal entre Aye e Orum é a representação da lama, da chuva fina que forma o lodo. É o poder controlador das mulheres idosas que castiga para educar, é grave e severa não tolerando descasos e esquecimentos.

Promove a purificação da atmosfera e a limpeza.

Ferramenta:Ibirí (Feixe de fibras de dendezeiro, forrado com fitas e enfeitado com búzios), vassoura de palha da costa.
Pedra: Ametista
Metal: Aluminio
Animais de sacrifício: cabras, galinhas e patas brancas.
Comidas: Sarapatel, Arroz com bananas
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Local das oferendas: Brejo, Próximo a minas de águas, locais úmidos, pântanos, Lodos ou praias.
Fruta: Melão, Jaca, Bananas
Bebida: Champanhe ou agua
Vestes: Roupas brancas com aplicações em roxo claro.
Cor: lilás e roxo
Dias: domingo e terça-feira.
Sincretismo: Santa Ana.
Saudação: Saluba Nana

Arquétipo dos filhos de Nana Buruquê:

São pessoas extremamente caseiras, muito dedicada à família e aos filhos, ama os animais, tem mania de perfeccionismo, se auto critica e podem manipular alguém com sua maneira de pensar e agir.

São desconfiados, frios, secos e de temperamento muito enérgico, fala sem pensar e se arrepende muitas vezes, porém não cede nunca, pois esta sempre certo, a teimosia e a ansiedade fazem parte dos filhos deste orixá.

Gostam de dar ordens, não gostam de ser passados para trás, são irredutíveis e não perdoam atos que lhe magoam, porém tem um coração imenso e não sabe falar não a um pedido feito com muito carinho.

Iemanjá

Iemanjá:

Senhora dos Mares.

Iemanjá é a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. A palavra “Yemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.

Aprecia pratos preparados com milho branco, manjar, peixes, canjicas. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os navegantes.

Ferramenta: alforje de prata e o Abebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Elemento: água
Cor: Azul-Claro
Metal: prata e estanho
Pedra: Água-Marinha, Pérolas, Madreperolas
Animais de sacrifício: cabra, ovelha. Pata de galinha toda branca.
Comida: Manjar branco, Peixes, Canjica branca (Mugunzá)
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos
Local das oferendas: Praias
Bebida: Champagne
Fruta: coco, mamão, peras
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Agrados: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar cores claras, como a água.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Saudação: Odociá

Arquétipo dos filhos de Iemanjá:

São pessoas que gostam de coisas caras, luxuosas, ambientes confortáveis, e mesmo quando pobres, pode se notar uma certa sofisticação em suas casas.

São pessoas diretas, determinadas mais desanimam com muita facilidade quando aparece um obstáculo inesperado, são pessoas amigas e companheiras, mais de poucos segredos, não enxergam a vida como uma luta como ogum, mais sim uma jornada de dificuldades e caminhos extensos mais que pode ser prazerosa.

A Família e os filhos são as maiores riquezas para o filho deste orixá, são pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta por isso pessoas deste orixá se apega muito fácil a alguém ou casa-se muito cedo, não gostam de empregos competitivos, preferem a monotonia, não são fãs da vida social, fotos, baladas, bares preferindo pequenas reuniões em casa com poucos amigos e familiares.

Seu humor tende a ser suave, mais muda rapidamente quando alguém lhe ofende ou quando sua autoridade é questionada.

Oxum

OXUM

Deusa das águas, do poder da mulher e da gestação

Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.

Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.

Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.

Ferramenta: Abebé (abano) Leque com espelhos
Cor: Amarelo Ouro
Metal: ouro e latão
Pedra: Topázio e Citrino
Comida: feijão fradinho com ovos, camarão seco, cebola e dendê ou azeite doce dependendo da qualidade do orixá.
Recipiente das comidas: Potes brancos de louças, pratos ou cestas
Frutas: Bananas, Mamão, Melão
Bebida: Vinho branco ou Champanhe
Animal: pássaros
Local de oferendas: águas doces, cachoeiras, em uma pedra bem ao lado da cachoeira..
Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
Dia: sábado.
Saudação: Oraiê iê ô Oxum

Arquétipo dos filhos de Oxum:

Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo do que enfrentá-lo diretamente, ao contrario do que faria os de Iansã ou ogum, são pessoas persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando a ser incrivelmente teimoso e obstinado. Não costumam a se descabelar por paixões e amizades que não deram certo ou nem começaram.

São pessoas realistas e de pé no chão, nos filhos de oxum o tempo passa lentamente pois a pessoa demora a amadurecer e leva a vida como uma eterna criança, mimada e cheia de cuidados.

São pessoas luxuosas, vaidosas, misteriosas, charmosas, interesseiras e de um egocentrismo imenso.

Falsas quando conveniente, mas verdadeiras caso se sintam seguras, são um tanto voláteis e de temperamento aguçado.

Iansã

IANSÃ

Dona do balé dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos.
Senhora da alegria e protetora das mulheres, dos ventos e tempestades ganhou de Olorum o poder de controlar os mortos (Eguns).

Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.

Junto com Xangô, ela controla o poder do fogo.

Ferramenta: Alfange, Eruexim (Chicote de crina de cavalo ou búfalo, Espadas e raios.
Elemento: ar - vento.
Metal: cobre
Pedra: Rubi e Granada
Comida: acarajés, Vatapás, Feijão Fradinho com Camarão seco e dendê
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Fruta: Manga Rosa
Bebida: Champanhe e Vinho Branco
Animal: búfalo e borboleta.
Local de oferendas: Banbuzal, Cemitérios.
Cor: vermelho, Rosa, amarelo.
Animais de sacrifício: cabra que não seja preta e galinha avermelhada.
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Saudação: Eparrei Oyá

Arquétipo dos filhos de Iansã:

Os filhos desta Orixá são extrovertidos, apreciam boas companhias, festas, viagens e tudo que lhe dê prazer em geral. Possuem muita vitalidade estando sempre dispostos a fazer o que gostam.

Não suportam trabalhar em lugares fechados, obedecer ordens, pois não gostam de se sentirem inferiorizados, por isso são instáveis em sua vida profissional.

Não aceitam pessoas se metendo em suas rotinas, relacionamentos, trabalhos, não gostam que as pessoas lhe digam o que fazer.

Sempre tentarão justificar suas atitudes, mesmo que sejam injustificáveis.

Adoram sua casa, porem não conseguem ficar dentro dela, são muito sensuais, apaixonam com freqüência, só aceitando viver com alguém se existir amor.

São ciumentos, possessivos, incapaz de perdoar ou esquecer uma traição, quando provocados enfurecem-se de uma maneira brutal que ninguém ousa enfrentá-los, a fúria não demora muito a passar, fazendo a pessoa voltar ao normal como se nada tivesse acontecido. Geralmente se arrependem por agir sem pensar, são dóceis e amáveis, odeiam mentiras e qualquer coisa que manche sua reputação.

Xangô

XANGÔ

Deus da justiça e do trovão.

Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.

Ferramenta: Oxê (Machado com lâmina dupla) e Raios
Elemento: fogo
Metal: cobre e aço
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
Frutas: Abacaxi, Manga, Banana, Laranja, Maracujá
Bebidas: Cerveja Preta
Recipiente das comidas: Gamelas de madeira
Cor: vermelha e branca ou Marron
Animal: Leopardo
Local de oferendas: pedreiras
Animais de sacrifício: galo, boi, bode, carneiro todos avermelhados.
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de machado.
Dia: quarta-feira.
Saudação: Kaô kabecile

Arquétipo dos filhos de Xangô:

Os filhos deste orixá são amantes da Justiça, agem com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais devido a facilidade de autoridade e comando. Sabem como ninguém administrar seu patrimônio, embora não admitam os filhos deste orixá tem poder de manipular os gastos das pessoas ao seu redor, são honestos e sinceros em seus relacionamentos, mas dificilmente fiéis.

Apresentam alta dose de egocentrismo, auto-estima, possuem uma postura nobre, gostando de ser melhor em tudo e de ter sempre a ultima palavra como ordem.

Obaluaiê / Omolu

OMOLU OU OBALUAIÊ

Obaluaiê é o jovem das pragas e doenças, da cura. Esta ligado às epidemias e suas curas, representa as impurezas que devem ser expelidas, as fístulas; é o orixá da renovação, é severo e exigente de respeito.

Ferramenta: Xaxará (Cajado feito de fibras do dendezeiro, forrado com palha da costa enfeitado com búzios e contas vermelha, branca e pretas.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas, vermelhas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo corpo.
Dia: segunda-feira.
Local de oferendas: Cemitério
Omolu é o velho, médico dos pobres.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Vestes: as mesmas de Xapanã Abaluaê tendo um cetro chamado xaxará.
Saudação: Atotô Obaluaiê
Comida: Pipocas (Doburus) estouradas na areia sem sal
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Frutas: Laranja, abacaxi, sapoti, cajá, manga
Pedras: Seixos pretos com manchas irregulares
Metal: Chumbo
Bebida: Água mineral

Arquétipo dos filhos de Obaluaê-Omolu:

São pessoas que ocultam sua individualidade, tem muita dificuldade em se relacionar, pois são fechados e de pouca conversa, geralmente apaixonam-se por pessoas extremamente diferentes de si, gosta de ver quem ama brilhar, embora o inveje.

Os filhos deste orixá são irônicos, secos e diretos, não são de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas, odeiam fofocas e vulgaridades, a solidão é muito peculiar a estas pessoas.

Oxumarê

OXUMARÊ (A SERPENTE)

Orixá da riqueza, Deus do arco-íris, Oxumarê fica no céu é o encarregado por levar a água do Aiê (Terra) para Orun (Céu), controlador das chuvas, servidor de Xangô.

Filho da cobra Dã que envolve toda a terra, metade do tempo é masculino outra metade é feminio (meta-meta) está ligado as artes e a beleza, também as riquezas da terra.

Por ser um orixá duplo, horas macho e horas fêmea tudo que se oferece a Oxumarê deve ser em dobro.

Ferramenta: Par de Serpentes
Comida: 1Kg de Batatas doces, 1 Maço de folhas de mostarda, cozinhe as batatas e amasse-as na forma de uma cobra sobre as folhas de Mostarda.
Bebida: Água Mineral
Fruta: Melancia
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Pedra: Rajadas ou seixos de cachoeira
Metal: Latão
Local de entrega: Matas ou beira de um rio
Agrados: Pulseiras ou anéis em forma de serpentes
Animais de sacrifício: carneiro, cágado, galo avermelhado.
Vestes: bem coloridas, verdes e amarelos predominam, um torso colorido na cabeça com uma trança descendo pelas costas, até o chão. Por cima do torso uma coroa com imagem de uma cobra.
Dias: terça-feira e sábado.
Cor: Verde e Amarelo ou todas as cores do Arco-Íres Juntas.
Saudação: Arroboboi Oxumarê

Arquétipo dos filhos de Oxumarê:

Os filhos deste orixá almejam ser alguém na vida, tem paciência e determinação para chegar onde desejam são perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos.

São pessoas inquietas que necessitam se movimentar, indo sempre de um lado a outro, são pessoas como a cobra, armam seus botes de maneira silenciosa e atacam quando se acham certos da vitória.

São pessoas difíceis de relacionar, devido a sua maneira de mudar tudo de uma hora para outra, são pessoas muito fechadas e solitárias.

Ossãe

OSSÃE

Deus das folhas, da cura e da vegetação.

Orixá que rege nos Nervos e Ossos.

Olorum deu aos orixás suas folhas, fundamental para qualquer ritual, mas deu a Ossãe o segredo de todas elas. Ossãe é portanto o senhor das folhas, do verde da vegetação o orixá que conhece o encantamento que permite às folhas liberar seu Axé.

Ferramenta: Haste de ferro de 7 pontas que representam as folhas, tendo na extremidade um pássaro.
Cor: Verde e Branco
Pedra: Pedrinha bruta do mato
Metal: Estanho
Frutas: Coco, Pitanga, Abacate e Goiaba
Bebida: Melado de cachaça com mel e suco de todos os tipos de frutas
Recipiente das comidas: Alguidar de Barro
Comida: Amendoim torrado, Milho Verde, Fumo, Mel, Canjiquinha amarela, feijão preto, verduras e frutas.
Animais de sacrifício: bode e galo desde que não sejam pretos.
Vestes: cor verde claro, o cetro é um galho de árvore, geralmente de café com seus frutos.
Dia: quinta-feira.
Local de entrega: a mata, a floresta ou no pé de uma árvore grande em noite de lua cheia.
Saudação: Ewe Ossãe

Arquétipo dos filhos do Orixá Ossãe:

Os filhos de Ossãe são aqueles filhos que não permite que suas simpatias e antipatias intervenham em suas decisões ou influencie em suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos, são pessoas reservadas sobre suas particularidades, são pessoas individualistas que não se preocupam muito com o que acontece ao seu redor, são pessoas ligadas a religiosidade.

Não se deixam levar pela pressa e pela ansiedade, são pessoas que aparentemente parecem frágeis mais de uma força interior muito grande, são capazes de amar, mas não o tempo todo.


Oxossi

OXOSSI

Deus da fauna, da caça, da fartura.

Senhor da Ecologia e patrono dos animais, rei das florestas.
É esposo de Oxum, pai de Logum Edé e pai adotivo de Oiá Iansã. Oxossi é o irmão mais novo de Ogum, e responsável por toda a comida que chega até a nossa mesa. Seu nome significa: “caçador de uma só flecha”.

Elemento: terra
Ferramenta: arco e flecha (Damatá) e (OFÁ) Iruquerê, espécie de cetro feito de rabo de cavalo
Metal: Bronze
Pedras: Amazonita e Esmeralda
Recipiente das comidas: Alguidar de barro
Comida: milho amarelo cozido com coco; feijão fradinho torrado.
Frutas: Todas as frutas doces
Bebidas: Vinho tinto de mesa suave, aluá de frutas, Jurema, Gengibirra
Animal: Cavalo.
Cor: Verde
Agrados: Charutos, colares, arco e flechas em miniaturas.
Animais de sacrifício: boi, bode, porco, galo mariscado (carijó) galinha d’angola.
Vestes: deve predominar o verde, saiotes de plumas, penacho e capacetes verdes. Nas mãos arcos e flechas podem acrescentar troféus de caça.
Dia: quinta-feira.
Saudação: Oke aro, oke caboclo, Aê Oxossi
Local de entrega das oferendas: Nas matas ou no pé de uma árvore frondosa.

Arquétipo dos filhos de Oxossi:

Os filhos deste orixá são pessoas independentes e de extrema capacidade de ruptura.Seus filhos possuem a solidão como um prazer que vem do seu interesse, devido a atividades que exige o Maximo de concentração e silêncio.

São pessoas que preferem ficar caladas para observarem muito ao arredor, totalmente individualistas em seus interesses pessoais, não gostam de serem ajudados, pois gostam de provar para si mesmo que são capazes, filhos deste orixá tem manias de perseguição e auto- criticas consigo mesmo.

São capazes de liderar e assumir grandes responsabilidades com agilidade quando algo lhe chama atenção, do contrário são pessoas desinteressadas e monótonas.

Os filhos deste orixá não tem muitos amigos diferentes, não gosta de compartilhar, de novas aventuras, sempre titula um grupo de amigos especifico que vai levar por uma vida toda, não tendo paciência e nem diplomacia, cansa-se facilmente das pessoas, lugares e atividades.

Ogum

OGUM
 
Deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia e da agricultura.

Orixá inventor, grande explorador de caminhos e general dos demais orixás.

Ogum é o filho primogênito da família dos Orixás caçadores, foi encarregado por Olorum (criador do Universo) para abrir o caminho para todos os orixás e é o guerreiro que nunca é vencido. É Ogum quem abre todos os caminhos da vida. Seu perfil é valente, sério e justo. Sua morada é no Humaitá, nas estradas e campos abertos.

Elemento: Terra
Metal: Ferro
Pedra: Sodalita
Cor: Vermelho na Umbanda ou Azul escuro no candomblé
Ferramenta: Espada e Lança
Fruta: Manga-Espada
Bebida: Cerveja-Clara
Recipiente das comidas: Alguidar de Barro
Comida: Inhames, Feijão preto torrado ou banhado no dendê
Animal: Cachorro
Agrados: Velas, Charutos, Cravos Vermelhos
Local de oferendas: Estradas de terra, Linha do Trem e Campos abertos ou debaixo de uma árvore (Cajazeira) Igí-Uyeuè ou de um Pé de Mariô Igí Òpé.
Animais de sacrifício: Bode, galo de cor avermelhada.
Vestes: saiotes de cor azul marinho e branco, capacetes de pano bordados com penacho das mesmas cores e uma corrente pendente do penacho.
Dia consagrado: Terça feira.
Saudação: Patacori Ogum

Curiosidade sobre o Mariô conhecido como (Igí Òpé) pelo povo de Santo

A erva consagrada à Ogum, é o nome da folha do dendezeiro, que desfiada usa-se em portas e janelas dos terreiros, nos Ibás, assentamentos e também serve de vestimenta para Ogum.

A Função do Mariô é espantar as energias negativas e espíritos perturbadores, tendo esta função a Orixá Oyá Igbalé (Iansã Do Balé) a entidade que preside sobre Eguns, também utiliza o Mariô nas vestes de Iansã e em seus Assentamentos.

Somente filhos de Ogum desfiam as folhas de Mariô acompanhada de uma reza e uma vela branca acesa.

Arquétipo dos filhos de Ogum:

Extremamente coerente, arrebatado e passional, onde as explosões, as obstinações e a teimosia afloram com muita facilidade, assim como o Prazer com amigos e sexo oposto.

Incapaz de perdoar ofensas sérias, impulsivo em suas atitudes, gosta tanto de guerrear a sério como de brincadeira, pois tudo acaba em boas gargalhadas, gosta de medir forças para se sair o melhor.

São apreciadores da tecnologia, dos novos caminhos da ciência, de novas tarefas profissionais, os filhos de Ogum são pessoas incapazes de ficar no mesmo lugar muito tempo, são curiosos e resistentes, com grande capacidade de concentração em seu objetivo.

A coragem é muito grande e a franqueza é absoluta, chegando muitas vezes ser rudes com tanta sinceridade.

É um líder nato, embora certas vezes não demonstre.

Exú

EXÚ

Mensageiro, guardião, guerreiro.

Senhor dos caminhos, da comunicação, da inteligência, do bom humor e da sexualidade.

Exu está presente em todos os lugares e mantém contato com todos os orixás e ancestrais. Sua personalidade assemelha-se ao perfil humano. É amante dos prazeres da vida, das cores e odores.

Ferramenta: Objeto fálico de madeira – (apaogó), Tridente e Bastão.
Pedras: Ônix ou qualquer pedra negra.
Metais: Bronze ou Ferro
Comida: Farofa de dendê e pinga (Padê), acarajé; xinxim; (acaçá) com azeite de dendê, frutas.
Recipiente das comidas: Alguidares de Barro
Bebida: Pinga (Marafo), Conhaque, Uiski, espumantes, champanhe entre outras, Exu também bebe água.
Cor da roupa: vermelho e preto. Usa colar com contas vermelhas e pretas.
Animal: bode
Animais de sacrifício: Boi, cabra, cabrito, bode, galo, galinha variando a cor de acordo com o ritual a ser praticado.
Local: Encruzilhadas abertas em X para Exu e encruzilhadas fechadas em T para Pombogira– para simbolizar os vários lados de cada caminho, beira de estradas e cemitérios.
Horário para as oferendas: Após as 18:00 Hrs.
Agrados: Cigarros, Charutos, Rosas, Moedas, Pedras e Adereços.
Dia consagrado: Segunda feira.
Saudação: Laroiê exu ou Laroiê Sinhá Pombogira.

Arquétipo dos filhos de Exu:

São pessoas intempestivas, nervosas, gostam de festas e brincadeiras, não aceitam certos desrespeitos e quando enfurecidos partem para a vingança sem piedade.

São amantes dos prazeres da vida, sentem necessidade de servir as pessoas sem se preocupar por ser pago ou reconhecido pela sua ação.

São inquietos e muito enérgicos o tempo todo, fazendo da sua rotina algo diferente a cada dia.

Banhos Rituálisticos


Banhos de Descarga

O mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer adepto da Umbanda, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais.

Banhos de ritual

É o banho de incorporantes (médiuns de incorporação). Esses banhos têm a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando, revitalizando as funções psíquicas para uma excelente trabalho de ritualização dos Guias Espirituais e é também recomendado para ativar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo da Guarda.

Banhos de iniciados

Este tipo de banho deve ser utilizado nos centros e terreiros de Umbanda por seus aparelhos, médiuns, iniciantes ou não dentro da Lei da Umbanda. Ele propicia o equilíbrio entre a aura do corpo mental e a aura do corpo astral. Equilibra, de maneira satisfatória, a incorporação das Entidades em seus aparelhos mediúnicos (filhos-de-santo).É um banho para ser usado com muito critério e cautela, pois para cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma planta ou várias plantas, num conjunto ritualístico. Um exemplo de banho de iniciados é o BANHO DE AMACI, aqui especialmente tratado

Banho de Amaci

 É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a freqüentar os Centros de Umbanda e que somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador(a) do Terreiro,Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés, ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo,Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda.

O banho de amaci é próprio para a cabeça onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual. Só podem tomar o banho de amaci aqueles que forem freqüentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o amaci da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requIsitos que o banho exige.

A real importância do banho de ervas:

Sua função dentro da terapia vegeto-astromagnética é de serem condensadores das energias solares e cósmicas. Há ervas que recebem influxos mais diretos de certos planetas. Como sabemos, um corpo celeste é a concretização de certas Linhas de Força ou Forças Sutis que determinado Orixá comanda. Assim, temos ervas para determinados Orixás.

Deve ser colhida dentro na quinzena positiva, isto é, nas Luas Nova e Crescente porque a energia vital ou prana faz seu ciclo, no reino vegetal obedecendo ao seguinte ritmo:

Luas

Lua minguante: força prânica se concentra na raiz, vitalizando-a permitindo que ela tire do solo nutriente físicos e hiperfísicos. Dura 7 dias para ser completada.

Lua Nova: o éter vital ou prana se concentra nas folhas, flores e frutos.

Lua Crescente: Nessa fase ainda há uma corrente prânica nas folhas, após o 4 dia, a corrente se desloca para os galhos menores, e até o 7 passa para os galhos maiores.

Lua Cheia: A corrente prânica desce mais ainda, alcançando o caule primário; desce até o 7 dia da Lua Cheia, quando o prana já está praticamente acumulado na raiz.

Asé
Mãe Renata D' Iansã